Um dia antes da demissão de Luiz Felipe Scolari pelo Chelsea, outro clube do Campeonato Inglês dispensou um técnico por causa de maus resultados: Tony Adams, que não conseguiu afastar o Portsmouth do perigo do rebaixamento depois de assumir a equipe com a saída de Harry Redknapp para o Tottenham, em outubro. Mesmo tendo dito que não pretende assumir clube algum até o meio do ano, Felipão já começa a ser cogitado pela imprensa inglesa como opção para o lugar de Adams.
Apesar de estar à venda e ter uma dívida estimada em 90 milhões de libras (R$ 315 milhões) segundo o jornal "The Times", o Portsmouth é de propriedade de outro milionário russo, Alexandre Gaydamak, que estaria disposto a fazer tudo para não ver o valor do clube, que é o atual campeão da Copa da Inglaterra, reduzido a quase zero com um rebaixamento.
- O dono do clube tem muito dinheiro e poderia pagar um salário à altura de Scolari, que não teria muito a perder. Se o time for rebaixado, ele pode dizer que já pegou a equipe numa situação ruim e não teve muito tempo de reagir. Mas se ele tirar o clube da situação e levá-lo posições acima na tabela, seria uma grande volta por cima - comentou Mike Sewell, repórter esportivo da rádio "BBC".
O mesmo "The Times" confirma o que foi dito pelo assessor de imprensa de Luiz Felipe Scolari, Acaz Fellegger: que o treinador tinha o apoio dos dois jogadores mais identificados com o Chelsea - o capitão John Terry e o meia Frank Lampard. Mas, assim como o canal de televisão "Sky Sports News", o jornal ressalta que outros jogadores questionaram os treinamentos comandados por Felipão, levando alguns membros do conselho de diretores do clube a concluir que tinham cometido um erro na contratação do técnico.
A emissora de TV chegou ao ponto de afirmar que alguns desses jogadores classificaram esses métodos de treinamento de antiquados e tediosos e que o brasileiro vinha chegando atrasado às sessões de treino.
fonte:globo.com
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