terça-feira, 31 de março de 2009

CBF e Globo derrubam a FBA na série B do Brasileirão.


Uma grande virada de mesa ocorreu, nesta segunda-feira, no Campeonato Brasileiro da Série B. Por meio de uma decisão ditatorial, tomada pelo presidente Ricardo Teixeira, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) assumiu o controle dos direitos de transmissão televisivos da competição, deixando de lado o poder da FBA (Futebol Brasil Associados) que defendia os interesses dos clubes da Série B, há quatro anos. E tinha direito de negociação até 2011.
A “armação” entregou os representantes dos clubes, presentes à sede da CBF, no Rio de Janeiro, de bandeja à direção da Rede Globo de Televisão, detentora dos direitos de transmissão. A emissora estava representada por seu diretor, Marcelo Campos Pinto. Os novos contratos, até 2011, já foram assinados por muitos dirigentes. Dos 20clubes que vão disputar a Série B, apenas o Brasiliense não esteve representado.

O novo “sucesso de audiência” da televisão brasileira, a Série B, agora faz parte dos negócios estratégicos da emissora. Por isso, a direção da Globo prefere negociar diretamente com os clubes, o que é mais fácil devido a falta de preparo de muitos dirigentes.
A decisão já era esperada pelos representantes dos clubes, convocados às pressas no último final de semana. Teixeira foi rápido em sua mensagem. Falou poucos minutos e deixou a reunião sob o controle de Virgílio Elísio, diretor técnico da CBF.

FBA não se manifesta

Não comunicada, oficialmente, da decisão da CBF, a direção da FBA não se manifestou sobre o caso. A entidade, porém, detém os direitos de comercialização dos clubes, tanto com a televisão como para acertar os painéis de publicidade.
”Não posso falar porque ninguém me comunicou nada oficialmente. Prefiro aguardar antes de tomar qualquer atitude precipitada”, afirmou o presidente da FBA, José Neves Filho.
Mas na semana passada, já sabendo da articulação da CBF com a Rede Globo, Neves alertava que defenderia os direitos dos clubes, principalmente diante de um golpe. Além disso, alegava grandes prejuízos causados pela decisão, uma vez que a FBA já comercializou a competição com diversas empresas.

Decisão estranha
A decisão foi anunciada somente por volta das 22 horas no site oficial da entidade (leia mais abaixo), mesmo porque o foco da Imprensa era com a Seleção brasileira, às vésperas de jogo importante pelas eliminatórias, contra o Peru, em Porto Alegre.

Mas ficou evidente que, agora, existe uma grande expectativa em cima da competição. Os valores da transmissão não foram mudados, mas surgiram novas promessas.

Uma comissão, formada por seis clubes, vai acompanhar as negociações. E são representados por Vasco da Gama, Figueirense e Portuguesa, rebaixados da Série A, além de Fortaleza, Bahia e Bragantino.

Nenhum dinheiro a mais
E os clubes não receberão nenhum dinheiro a mais, além de promessas. A CBF vai garantir o valor mínimo de R$ 600 mil, cota do ano passado, de um total do contrato anual de R$ 27 milhões.

A FBA já tinha garantido mais R$ 14 milhões com a venda de painéis publicitários, ampliando a expectativa de que cada clube possa receber perto de R$ 1,2 milhão no total, abaixo da expectativa da FBA que chegaria a R$ 1,5 milhão.

As despesas com hospedagens e passagens aéreas foram mantidas, mas a CBF não se comprometeu com as taxas de arbitragens, assumindo somente as despesas com o translado dos árbitros. Estes dois últimos itens foram motivos de briga feia, ano passado, entre a CBF e a FBA.

Leia a Nota Oficial da CBF:
Foi realizada nesta segunda-feira, na sede da CBF, reunião entre o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, os 20 clubes participantes da Série B 2009, o diretor técnico da CBF, Virgilio Elísio, e o representante da Rede Globo de Televisão, Marcelo Campos Pinto.

Na reunião ficou decidido que a competição passará a ser 100% administrada pela Confederação Brasileira de Futebol. Na ocasião já foram assinados os novos contratos de cessão de direitos de televisionamento com a Rede Globo de Televisão.
fonte: AFI

Um comentário:

Paz Brasil disse...

Quanto custa para manter uma turma de PTralha no poder?
Chega de corrupção Brasil!
O dinheiro público sendo usado para sustentar a máquina podre do governo Lula.

“EU DIGO NÃO Á DILMA”

Com Lula, Presidência emprega 67 diretores e centenas de chefes um verdadeira farra de cabides de empregos.

Ao todo, são 1.750 servidores, volume tão grande que foi preciso ampliar restaurante e estacionamento

Fonte: Estadão

À semelhança do Congresso, o Palácio do Planalto é uma Casa com organograma inchado. Os salários podem não chegar às cifras do Legislativo, mas a Presidência criou no governo Luiz Inácio Lula da Silva uma série de funções para encaixar a militância. Na teia administrativa, há 67 diretores e uma centena de chefes. Só a Casa Civil, pasta comandada pela ministra Dilma Rousseff, conta com sete diretores, mesmo número da multinacional Vale do Rio Doce.

O setor que mais ganhou diretores foi o da Comunicação Social, do ministro Franklin Martins. Desde 2003, passou de 2 para 12 diretores, o dobro da Petrobrás. Há diretores de Patrocínios, Normas, Controle, Internet e Eventos, Comunicação da Área de Desenvolvimento, Mídia, Imprensa Internacional, Imprensa Nacional, Imprensa Regional, Produção e Divulgação de Imagens, Apoio Operacional e Administrativo e Comunicação da Área Social.

Foram criadas, ainda, mais oito Diretorias de Programa para as pastas de Relações Institucionais e Assuntos Estratégicos. Um diretor geralmente ocupa cargo comissionado com salário de R$ 8.988, o DAS-5, mas há variações, caso seja servidor ou não (ver quadro ao lado).

Ao todo, entre cargos de chefia ou postos subalternos, cerca de 1.750 pessoas trabalham na estrutura da Presidência. Os "chefes" estão em todos os departamentos, secretarias e escalões de poder.

O gabinete de Lula tem 13 deles, com salários de R$ 6.843,76 a R$ 11.179,36. Trabalham ali também chefes adjuntos de Agenda, Informações em Apoio à Decisão, Gestão e Atendimento, sem contar os tradicionais chefes de Cerimonial e Ajudância de Ordens. O mais poderoso de todos, porém, é Gilberto Carvalho, chefe do gabinete.

Já o organograma da Vice-Presidência, mais enxuto, lembra o de uma empresa. O vice José Alencar trabalha com sete chefes, que comandam as assessorias de Comunicação, Administração, Parlamentar, Técnica, Diplomática, Militar, além do Gabinete. Não há correligionários mineiros ou amigos.

GASTOS

O gasto anual com funcionários em toda a estrutura da Presidência deve passar de R$ 2,9 bilhões, em 2008, para R$ 3,4 bilhões, neste ano. Está incluído o gasto com pessoal das secretarias especiais de Direitos Humanos, Mulheres, Promoção Racial, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Advocacia-Geral da União (AGU) e Empresa Brasileira de Comunicação.

Os gastos com pessoal do gabinete de Lula, incluindo a Casa Civil, também devem aumentar. No ano passado, o valor gasto com os assessores mais diretos chegou a R$ 141 milhões. A previsão é gastar R$ 149 milhões neste ano. Desde janeiro, o pessoal do gabinete gerou uma despesa de R$ 25 milhões.

É tanta gente na Presidência que o próprio Lula chegou a se queixar que o Planalto ficou apertado demais. Foi preciso dobrar as instalações do restaurante e ampliar o número de vagas no estacionamento.

Procurados desde o dia 20 para esclarecimentos, os assessores da Casa Civil se limitaram a confirmar o total de diretores. Os assessores não informaram o que fazem nem quanto ganham. Apenas repassaram leis e decretos que regulamentam as funções e gratificações. Desde 2003, essas normas sofreram alterações para garantir a acomodação dos aliados.

Uma leitura parcial mostra que há mais de 50 chefes na Presidência. Técnicos estimam que o número passe de cem. Há ainda os subchefes, os subsecretários, os subcoordenadores e os secretários adjuntos.