sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O valor de um técnico


O que a gente faz em um boteco? Estou falando daquele bem botecão mesmo, que a cerveja vem na mamadeira de isopor até com o logotipo de alguma cerveja já gasta, com textos engraçadinhos que neguinho escreveu com a sua Bic, ou do garçon...
Aquele boteco que a cerveja é o maior patrimônio do dono, que tem 5 freezers pra colocar todas as garrafas de 600mls que o camarada já abre lá no balcão mesmo'.
Mesas de metal, geralmente as vermelhas, aquelas da Coca-Cola com o posicionamento - "É isso aí" lá dos anos 80. Isso é um boteco
.
E o que a gente falä? De futebol. F-U-T-E-B-O-L. Falamos também de política e de mulher, mas futebol é mais gostoso. Política não vale mais a pena e mulher...bom mulher é bom, mas muito complicado.

Estava lá eu com mais dois amigos,um São Paulino, o Marcão e o outro um Corintiano, o Zé (aliás nome bem de corintiano...Zé, mas é fato).
Falamos do Palmeiras que está começando a voltar o que era depois de uma noite de verão, que um ataque com Obina e Ortigoza não funciona nem contra a defesa do Icasa, que os chutões do Maurício Ramos, Danilo e Marcão são mesmo do DNA da defesa e não tem influência seja de Luxemburgos, Jorginhos ou Muricys. Que acabou o fôlego e assim vai. Falamos da força do São Paulo, que agora voltou ao normal, pois a linha fora da curva era ver o time lá embaixo na tabela, que também independe de Muricys ou Ricardos Gomes.
E do timão, que mesmo quebrado em dívidas e sem o mesmo time de meses atrás consegue, não sabemos de onde, talvez da energia da fiél, força grande que coloca o Corinthians sempre como time temido, independentemente de técnico.

Então para que serve um técnico?


Técnico de futebol, do mais filosofal como Parreira, ou peladeiro como o Renato Gaúcho, ou selecionáveis como Luxa (que já foi de maior grandeza), Muricy Ramalho, Paulo Autuori e Mano Menezes, os estelares como Felipão, os distantes como Zico, os eternos aprendizes como Gallo e Péricles Chamusca, as promessas como Tite, e Adilson Batista, os não sei onde andam como Carbone, Zetti e Givanildo, os pula-pula como Mário Sérgio e PC Gusmão, os gente-boa como Cuca e Renê Simões e os saudosos como Telê Santana, Oswaldo Brandão e Feola

Claro que existem centenas de perfis que cabem em nossa história, mas a pergunta ainda é: Para que serve um técnico?

Técnico tem prazo de validade: 4 derrotas em 6 partidas ou 10 derrotas na sequencia que for, direto ou alternadamente, deu 10 tá fora.

Técnico também sabe que não serve para nada, que quem ganha jogo é jogador e salário em di, mas que sempre terá um time buscando um técnico, então eles seguem.

Só vejo técnico ser importante em uma situação:
Na estréia dele.
Podem avaliar, independente do tamanho do time, quando estréia um técnico novo geralmente o time não perde.

Solução proposta para o time que quer ser campeão ou técnicos que quiserem virar lenda:

Cada jogo novo, técnico novo. Cada jogo novo time novo.


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